domingo, 20 de julho de 2008

Sobre...o que ensinar nas escolas?

(... um pouco de Augusto Cury)
Muitos alunos saem da escola conhecedores do mundo exterior, mas desconhecendo o anfiteatro de suas mentes. Poderão até discursar sobre o mundo físico, mas não sabem falar de si mesmo. São gigantes da ciência, mas frágeis meninos e meninas diante das suas perdas e desafios. Na escola da vida, não basta os diplomas. Além de resolver problemas de matemática, a educação precisa ensinar os alunos a resolver seus problemas existenciais; e além de ensiná-los a enfrentar as provas escolares, deveria também falar-lhes das provas da vida. E ainda que a escola ensine todas as regras da língua precisa ensinar a dialogar e juntamente com a leitura e a redação deveria alimentar o desejo de escrever a sua própria história. É preciso ensinar a gerenciar não só seus materiais escolares, mas seus próprios pensamentos para que possam ser autores de sua própria história. Uma escola que ajude os alunos a serem empreendedores, capazes de planejar e executar os seus sonhos, ainda que haja riscos. Enfrentar os problemas mesmo não tendo forças. É não esperar uma espécie de herança, mas construir a própria história.

Uma escola que ensine garimpar. Garimpar ouro nos solos de nossa inteligência, no território de nossas emoções, no anfiteatro dos nossos pensamentos.

Desejamos fortemente uma educação que alimente os sonhos, sonhos que vão além do próprio umbigo e transcendem todas as notas escolares. Queremos e buscamos uma educação que ensine a modéstia, a humildade e a simplicidade.

Uma educação que ensine ser feliz! Por que ser feliz é reconhecer que a vida sempre vale a pena. É deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria vida. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica. É deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia pra dizer “me perdoe”. É ter sensibilidade pra expressar “eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”. O que desejamos? Que a vida se torne uma escola! E na escola aconteça a vida! E que essa vida se torne um canteiro de oportunidades pra sermos felizes! E que se por acaso, errarmos o caminho, possamos recomeçar tudo de novo. Pois assim seremos todos, apaixonados pela vida! E descobriremos que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a to9lerância. Usar as perdas pra refinar a paciência. Usar a dor pra esculpir a serenidade. Usar a dor pra lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência. Usar a inteligência pra iluminar nossas escolhas. Usar o espetáculo de cada novo dia para agradecer a Deus pelo milagre da existência.

Quem somos? Todos, todos ensinantes e aprendentes dessa escola chamada VIDA!

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